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domingo, 17 de outubro de 2010

Dilema



Dilema
Zanna Santos


Abriu-se então um coração
Recebendo todas as emoções doadas
E em total carência mergulhou sem ponderar.
Foram muitas as promessas apontadas,
E entre elas, uma eterna paixão!

Abriu-se então um coração
Que ha muito se havia trancado,
Mergulhando inocente numa fonte “inesgotável”,
Miragem num deserto, ilusão a céu aberto;
Cartas registradas num quadro a giz.
Rejeitada razão, aceitável emoção!

Abriu-se então um coração!
Saltitando eletrizante em palmeiras frondosas;
Pássaro dando as costas para sua gaiola,
Perdeu-se em sua libertação...

Abriu-se então um coração!
Pequeno passageiro, grande embarcação...

Consumido foi pelas águas torrentes,
Não quer mais sair... Não quer mais sonhar...
Ferido, profundamente abatido...
Decepcionado e desacreditado,
Recolhe-se a sua concha, se negando AMAR.

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